Docentes e estudantes da unidade se mobilizam em Belo Horizonte para barrar projeto do governo Zema
Os professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) aderiram à paralisação das atividades nesta quarta-feira (28/5) em protesto contra o projeto de federalização da instituição. Em Divinópolis, docentes aderiram à manifestação e seguiram para Belo Horizonte, onde participam de uma assembleia geral às 14h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O encontro reúne também estudantes e servidores de outras unidades da Uemg.
A categoria exige o arquivamento do Projeto de Lei que transfere a universidade para a União. Essa proposta faz parte do pacote do governo Romeu Zema (Novo) para adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados com a União (Propag). Segundo os professores, o projeto ameaça a autonomia da universidade e pode levar à sua extinção.
Além da transferência da UEMG, o governo estadual quer entregar à União bens móveis e imóveis de propriedade do Estado, autarquias e fundações públicas. Diante disso, os docentes pressionam os deputados estaduais a rejeitarem também essa proposta.
- Domingos Sávio garante R$ 1,5 milhão para fortalecer a saúde pública em Formiga
- Acidente na MG-050 deixa dois feridos em Divinópolis
- Sistema Faemg Senar participa de lançamento de programa contra a seca
- Carretas de Oftalmologia e Odontologia oferecem atendimentos gratuitos em Divinópolis
- Homem é preso em Pimenta por porte ilegal de arma após acidente e embriaguez ao volante
Paralisação contra a federalização da Uemg
A mobilização da unidade de Divinópolis mostra a força da resistência ao plano do governo. Professores organizaram atos locais nos dias anteriores e agora integram as discussões presenciais na capital mineira. De acordo com o site da Uemg, a universidade possui cerca de 21 mil estudantes e mais de 1.600 professores distribuídos por 19 municípios mineiros. A unidade de Divinópolis representa um polo estratégico de ensino e extensão.
Enquanto isso, o governo de Minas argumenta que a federalização reduziria em R$ 500 milhões a dívida estadual, estimada em R$ 165 bilhões. O vice-governador Mateus Simões (Novo) afirmou que os alunos e servidores não sofreriam prejuízos com a mudança. No entanto, para os docentes, essa promessa não elimina as incertezas sobre a manutenção da estrutura universitária e das condições de trabalho.
Na segunda-feira (27), a Comissão de Constituição e Justiça da ALMG adiou a análise do projeto por falta de clareza quanto à lista dos bens que o Estado pretende rear. O presidente da Casa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), exigiu que o Executivo detalhe essas informações ainda durante a tramitação em 1º turno.
Com a paralisação, os professores defendem a Uemg como uma instituição estadual de ensino superior, pública, gratuita, assim como de qualidade. A participação dos docentes de Divinópolis fortalece o movimento. Além disso, conforme a categoria, evidencia que a universidade não aceita ser moeda de troca na negociação da dívida estadual.