Bônus na conta de luz reduz impacto no índice de inflação, mas transporte e alimentação seguem pressionando preços
A inflação oficial desacelerou em janeiro e atingiu 0,16%, o menor índice para o mês desde 1994.Esse resultado ocorreu, principalmente, devido ao Bônus Itaipu, que reduziu a conta de luz e influenciou diretamente o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme explicou o IBGE.
Em comparação com dezembro de 2024, quando o IPCA marcou 0,52%, houve uma desaceleração significativa.
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No entanto, isso não significa que os preços caíram, mas sim que aumentaram em um ritmo menor. Além disso, no acumulado de 12 meses, o índice atingiu 4,56%, permanecendo acima da meta do governo, que varia entre 1,5% e 4,5%.
Energia elétrica aliviou a inflação
Entre os fatores que mais contribuíram para essa desaceleração, a energia elétrica residencial teve o maior impacto.
Em janeiro, a conta de luz ficou 14,21% mais barata, reduzindo em 0,55 ponto percentual o índice geral.
Como consequência, o grupo habitação também registrou queda de 3,08%, ajudando a conter o avanço da inflação.
Transporte e alimentação pressionam preços
Por outro lado, os transportes encareceram 1,3%, pressionando a inflação. Nesse setor, as agens aéreas registraram alta de 10,42%, enquanto o transporte urbano subiu 3,84%.
Além disso, os preços dos alimentos continuaram subindo, com um aumento de 0,96%, marcando o quinto mês consecutivo de alta.
Entre os produtos que mais pesaram no orçamento, o café moído encareceu 8,56%, o tomate subiu 20,27% e a cenoura teve um aumento expressivo de 36,14%.
Mesmo assim, o índice de difusão, que mede a quantidade de itens que ficaram mais caros, caiu em relação ao mês anterior.
Em janeiro, 65% dos 377 produtos e serviços pesquisados registraram alta de preços, enquanto em dezembro esse percentual foi de 69%.
IPCA continua acima da meta
O IBGE calcula o IPCA considerando o custo de vida de famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos em diversas regiões do país.
Embora o índice exista desde 1980, a instituição considera a série histórica válida apenas a partir do Plano Real, iniciado em 1994.
Isso ocorre porque, antes desse período, a economia enfrentava instabilidades e diferentes moedas, o que dificulta comparações diretas.