Fiéis celebram Santa Rita de Cássia com missas e homenagens em toda a Diocese

Minas Gerais
Por -21/05/2025, às 16H47maio 21st, 2025
Santa-Rita (1)
(Divulgação/Diocese de Divinópolis)

Comemorações ocorrem nesta quinta (22) em diversas comunidades; história de fé e milagres da santa inspira devotos na região

Santa Rita de Cássia, intercessora das famílias e das causas impossíveis, será celebrada nesta quinta-feira, 22 de maio, em várias comunidades pertencentes à Diocese de Divinópolis. A data remete à sua morte, ocorrida entre a noite de 21 e 22 de maio de 1447.

Na Paróquia de São Judas, a comunidade Santa Rita, localizada no bairro Jardim das Acácias, organiza a recitação do terço às 18h45 e missa às 19h30 nesta quarta-feira. Já na quinta, dia da santa, haverá celebrações às 7h com o padre Felipe Hector de Oliveira, às 15h com o padre Guilherme Henrique Santos e às 18h30 com concelebração dos padres Júlio Antônio e Rosimar.

Na Paróquia Sagrada Família, situada no bairro Icaraí, também haverá programação especial. Nesta quarta, a missa será presidida pelo padre João Batista Gomes, enquanto na quinta-feira as celebrações ocorrerão às 7h, 15h e 19h30. O encerramento da festa será conduzido pelo padre Ulysses César.

Comunidade Santa Rita de Cássia

Em Nova Serrana, a tradicional novena acontece na Comunidade Santa Rita de Cássia, no bairro Areias, vinculada à Paróquia São Geraldo. Nesta quarta, a celebração contará com a presença do bispo Dom Geovane Luís da Silva, às 19h30. No dia da santa, a missa será presidida pelo padre Helton Ferreira Rodrigues, reunindo fiéis de diversas comunidades vizinhas. As barraquinhas da festa, bastante tradicionais, costumam atrair centenas de pessoas.

Além disso, comunidades dedicadas à santa também promovem homenagens em Pitangui (Paróquia Nossa Senhora do Pilar), Itaúna (Paróquia Coração de Jesus) e Pará de Minas (Paróquia Nossa Senhora da Piedade).

História de Santa Rita

Margarida Lotti, mais conhecida como Rita, nasceu por volta de 1371 em Roccaporena, na Úmbria (Itália). Filha de camponeses, recebeu educação religiosa com os Agostinianos em Cássia e desenvolveu devoção a Santo Agostinho, São João Batista e São Nicolau de Tolentino.

Casou-se com Paulo de Ferdinando de Mancino e teve dois filhos. Após o assassinato do marido, perdoou os autores do crime e orou para que seus filhos não vingassem a morte do pai. Ambos faleceram em decorrência de uma doença, o que Rita interpretou como livramento divino da violência.

Mesmo diante da dor, Rita insistiu em seguir a vida religiosa. Seu pedido para ingressar no Mosteiro de Santa Maria Madalena, em Cássia, foi inicialmente recusado. Com o tempo, a paz entre as famílias envolvidas no assassinato de seu esposo permitiu sua entrada no convento.

Como monja agostiniana, destacou-se pela humildade, oração, penitência e caridade. Um episódio marcante foi quando, como forma de testar sua obediência, foi orientada a regar um tronco seco — que, milagrosamente, floresceu.

Em 1432, recebeu na fronte o estigma de um espinho da coroa de Cristo, que permaneceu até sua morte. Já acamada, pediu uma rosa e dois figos de seu antigo jardim. Apesar de ser inverno rigoroso na Itália, sua prima encontrou os frutos e os entregou a Rita, que os interpretou como sinal da bondade divina e da salvação de sua família.