Retirada da Alogliptina (Nesina) da rede pública afeta milhares de pessoas; Vereadora Kell Silva questiona prioridade na aplicação de recursos da saúde
A retirada da Alogliptina, conhecido como Nesina, da lista de medicamentos fornecidos pela rede pública de saúde de Divinópolis – remédio para tratamento do diabetes tipo 2 – rendeu críticas por parte da vereadora Kell Silva (PV), nesta terça-feira (20/5). A decisão anunciada por meio de comunicado oficial da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) alega alto custo e baixa relação de custo-benefício para retirar da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME).
No entanto, a vereadora destacou que a medida afeta diretamente milhares de moradores da cidade.
“Aproximadamente 14 mil pessoas vivem com diabetes mellitus em Divinópolis. Muitas delas já estão adaptadas ao uso da Alogliptina. Retirar esse medicamento de forma abrupta compromete a saúde de quem depende dele para controlar a doença”, afirmou.
Além disso, Kell Silva alertou sobre os riscos graves da interrupção do tratamento do diabetes tipo 2. Conforme ela, complicações como infarto, AVC, problemas renais e até amputações podem surgir.
“Não se trata apenas de orçamento. Trata-se de vidas! A gestão pública precisa olhar para a saúde com mais empatia e responsabilidade”, completou.
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Remédio para diabetes: alto custo em Divinópolis
Apesar da justificativa da Secretaria de Saúde, que afirma que o medicamento consumia cerca de 20% do orçamento da farmácia municipal e não é considerado primeira linha no tratamento, a vereadora questiona a falta de diálogo com médicos, pacientes e parlamentares.
“Estamos diante de um retrocesso que atinge diretamente a população mais vulnerável”, denunciou.
Outro ponto levantado por Kell Silva envolve o Projeto de Lei nº 032/2025, pautado para a mesma reunião, que autoriza a abertura de crédito suplementar de mais de R$ 24 milhões na Secretaria Municipal de Saúde. Entre os destinos dos recursos está a aquisição de medicamentos para a assistência farmacêutica básica. Para a vereadora, esse valor poderia garantir a continuidade da distribuição da Alogliptina.
“Se temos R$ 24 milhões liberados para a saúde, por que não usar parte desses recursos para manter a Alogliptina disponível? Isso é uma questão de prioridade. Estamos tentando consertar, tarde demais, os erros de uma gestão insensível”, criticou.
Por fim, a parlamentar enviou um requerimento à Prefeitura exigindo esclarecimentos sobre a retirada do medicamento. Ela também defende mais diálogo com profissionais da saúde, usuários do SUS e representantes do Legislativo antes de decisões que impactam diretamente a vida da população.