Janete disse que sabia sobre itens, mas desconhecia valores; Afirmou que se voltasse no tempo adotaria a mesma modalidade de compra.
Com a suspensão das oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (I) que apura gastos com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), os vereadores irão analisar os documentos. Dentre eles, orçamentos que foram feitos por cada um dos membros com base nas compras feitas para a pasta no ano ado.
Um dos orçamentos foi apresentado por uma empresa de Divinópolis, a Dimecol. Uma das condições impostas aos membros da I era consultar estabelecimentos que atendessem as exigências para fornecer à órgãos públicos.
O levantamento realizado pelo vereador requerente Ademir Silva (MDB) aponta diferença de R$ 9 milhões.
“Quem vai se responsabilidar por eles”, indagou durante a oitiva que ouviu a secretária de Governo e vice-prefeita Janete Aparecida (PSC), nesta quarta-feira (8/6).
O valor não inclui o play ball e nem os laboratórios de ciências e matemática.
Cada membro da I ficou responsável em fazer pelo menos três cotações em diferentes empresas. O objetivo é verificar se o município comprou móveis, brinquedos, notebooks, a partir de atas de registros de preços superfaturadas.
A prefeitura de Divinópolis desembolsou cerca de R$ 17 milhões.
Veja abaixo:
A última otiva foi a da secretária de Governo e vice-prefeita Janete Aparecida (PSC). Ela confirmou que autorizou a compras, mas negou ter conhecimento dos valores. Disse ainda que sabia sobre a mobilidade da aquisição, devido ao curto prazo. Ela foi ouvida nesta quarta-feira (8/6).
“O processo de adesão da ata, que foi “nós vamos aderir a uma ata, Janete”. Ela vai ser uma ata no processo em que eles já sabem qual o procedimento correto, uma vez que o nosso tempo inclusive, está apertado para fazer licitação, então vamos optar pela adesão de uma ata. Se eu tinha conhecimento disso? Tinha total conhecimento disso.”, afirmou em entrevista à imprensa.
Janete ainda afirmou que, se voltasse no tempo adotaria o mesmo processo.
“Se você me perguntar “Janete, se pudesse voltar no tempo, e você teria feito uma licitação?”. Eu posso só te responder que como o processo foi legal, eu não acredito que teria mudado, porque até então, nós temos a certeza que a ata que a gente adquiriu foi uma ata legal”, enfatizou.
A vice-prefeita ainda afirmou que, se for comprovado pela I que houve algum erro lá na origem da ata, caberá aos órgãos competentes investigar.
“Aí nós já estamos falando de parte criminal e quem vai investigar isso já não cabe a nós do município. É um caso de polícia, inclusive de Polícia Federal, para poder estar junto para poder descobrir”.