Campanha “Não dê esmola” é lançada oficialmente

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Por -11/06/2014, às 10H58junho 11th, 2014

Poliany Mota

 

Secretário de desenvolvimento social apresenta campanha "Não dê esmola, dê dignidade"

Secretário de desenvolvimento social apresenta campanha “Não dê esmola, dê dignidade”

Foi lançada oficialmente nesta quarta-feira (11) a campanha “Não dê esmolas”. Com o objetivo de garantir a segurança da população, diminuindo a concentração de pedintes nas ruas de Divinópolis, principalmente na região central, a Acasp (Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública), em parceria com os órgãos de segurança pública e a prefeitura, pretendem alertar a população sobre as consequências de dar dinheiro aos andarilhos.

 

Segundo o secretário municipal de desenvolvimento social Paulo Sergio dos Prazeres, em Divinópolis, em média, os moradores de rua arrecadam por mês cerca de R$ 2 mil, o que acaba atraindo andarilhos de outras cidades para cá. “Aqui é fácil viver na rua. […] A população às vezes pensa que está ajudando, mas o adolescente que recebe sua esmola hoje, pode ser seu agressor amanhã”, explicou.

 

Além de serem distribuídos panfletos informativos em pontos estratégicos da cidade e em estabelecimentos comerciais da área central, haverá divulgação da campanha no rádio, na televisão e nas redes sociais, como Facebook e Twitter. “A campanha é para que a população de Divinópolis troque a esmola direta ao usuário de rua pela doação às entidades, ou para a própria prefeitura, a fim de organizar o fluxo dessas pessoas na cidade”, comentou Paulo dos Prazeres.

 

Campanha será colocada em outdoors pela cidade (Fotos: Divulgação/ PMD/ Letícia Enes)

Campanha será colocada em outdoors pela cidade (Fotos: Divulgação/ PMD/ Letícia Enes)

 

Para que as pessoas possam oferecer ajuda ou indicar um ponto onde os moradores de rua estão se concentrado, a Secretaria de Desenvolvimento Social disponibilizou o telefone 3212-3600, que ficará em funcionamento das 7 às 17h. “Uma pessoa orientada dirá para quem ligar o que deve fazer e se for o caso, nós conseguiremos deslocar uma equipe de alguma das entidades, Polícia Militar, ou de saúde, por exemplo, que fará abordagem a esse morador de rua e então tentaremos encaminhá-lo dentro do fluxo de gestão”, explicou Paulo dos Prazeres.

 

Julio Cezar Corrêa, da assessoria de comunicação da Acasp, ressalta que a população deve mudar a cultura de dar esmolas para os andarilhos, porque o dinheiro arrecadado por eles, na maioria das vezes, costuma ser usado na compra de drogas e bebidas alcoólicas e sob efeito de entorpecentes essas pessoas podem se tornar agressivas.

 

“O projeto é para conscientizar a população da necessidade de mudar o habito de dar esmolas, porque deste modo, estão contribuindo para a manutenção das pessoas na rua e, de uma maneira geral, contribui para que o descaso, toda essa precariedade social que nós vivemos hoje no município, prolifere e aumente a cada dia. Conscientizando que não tem necessidade de dar esmola, tendo um lugar para fazer o acolhimento, para levar as pessoas, para que elas sejam atendidas, isso vai contribuir para melhorar um pouco o quadro”, concluiu o representante da Acasp.