A conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional pelo brasileiro Ainda Estou Aqui, na cerimônia de 2025, não é apenas um feito inédito para o cinema nacional — é um marco para a cultura, a história e a memória do Brasil. Sob a direção sensível e precisa de Walter Salles, o filme transformou dor em poesia, reconstruindo, com beleza e força, as cicatrizes deixadas pela ditadura militar.
A obra levou milhares de brasileiros aos cinemas, tornando-se uma das maiores bilheteiras nacionais da história. Assim, ultraando barreiras linguísticas ao alcançar números inéditos ao redor do mundo.
Essa adesão global revela não só a qualidade do cinema brasileiro, mas a universalidade do tema tratado: a luta pela verdade, memória e justiça.
A interpretação de Fernanda Torres é um dos pilares desse sucesso. Com uma atuação intensa e sensível, ela encarna a dor e a resiliência de Eunice Paiva, uma mãe que tenta manter a normalidade para os filhos enquanto enfrenta a ausência do marido desaparecido. É uma performance que não apenas emociona, mas também revela a profundidade de uma personagem marcada pela violência e pela busca incansável pela verdade.
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Ainda estou aqui: Grito de resistência
Mais do que uma denúncia histórica, Ainda Estou Aqui é um grito de resistência. Ao retratar as feridas abertas deixadas pelo regime militar, o filme relembra que a impunidade dos torturadores ainda alimenta um legado de violência visível na política brasileira contemporânea. Essa reflexão ressoa não apenas como memória, mas como um alerta necessário.
A história entrou para a história. Com esse Oscar, o Brasil não só celebra seu primeiro prêmio na maior premiação do cinema mundial, mas reafirma o poder transformador da arte. Ainda Estou Aqui eterniza uma luta que não pode ser esquecida — e, ao fazê-lo, transforma memória em resistência, dor em poesia e justiça em esperança.